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Mais sobre mim

A apreciadora e os apressados

Acordar cedo, tomar café, se arrumar, sair para o trabalho. O mesmo caminho feito ontem será percorrido hoje e prospectado amanhã. “Deus ajuda quem cedo madruga”, diz o ditado popular. É preciso se apressar, pois o ônibus está a caminho. Hora de almoço: são duas. Às vezes apenas uma. É melhor voltar pois o expediente ainda não acabou. A aula à noite é importante, pois vai possibilitar uma vida melhor no futuro, para mim e para os meus. Os olhos fecham. O sono vem. Amanhã, reinicia o processo.

O ritmo anda acelerado. As pessoas já não possuem mais tempo vago, para sua família, para o seu lazer, para elas mesmas. No seu lugar, a pressa. Suas vontades viraram itens na lista de compromissos. Entre o supermercado e pegar as crianças na escola, estão o salão de beleza às 19h30 ou o futebol às 21h. Mesmo os grandes centros urbanos sendo organismos vivos e pulsantes – e talvez por isso, eles também são repletos de atrações interessantes e belezas espalhadas por todos lados. Mas já não reparamos mais, não apreciamos mais. Estamos com pressa, temos hora marcada para o próximo compromisso.